sexta-feira, 18 de maio de 2007

Brasil e as 8 Metas do Milênio

Brasileira representante das 8 Metas do Milênio chega ao país

Acaba de retornar de Nova York a brasileira que foi para os EUA representar uma das 8 Metas do Milênio. Uridéia Andrade da Costa, moradora da favela de Jaguaré, em São Paulo, foi convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para representar a meta “Incentivar a Formação Profissional de Jovens em Desvantagem Social”.

A escolha se deu pelo fato de Uridéia ter participado de um projeto social do Instituto Lina Galvani e da Congregação de Santa Cruz. Através do Projeto Cozinheiro Cidadão a jovem de 20 anos se formou em gastronomia e trabalhou, durante um ano de curso, tanto na cozinha comunitária da Favela, como em renomados restaurantes de São Paulo, como o Bistrô Charlô, o Tordesilhas, e o Payard. “Só não digo que aprendi tudo lá porque tenho muito ainda a aprender. Mas foi através desse projeto que eu descobri minha vocação para a gastronomia”, conta a jovem.

Uridéia e mais outros sete jovens da Jamaica, de Marrocos, da Ucrânia, de Uganda, da Índia e de Camboja foram escolhidos pela ONU para representar as 8 Metas do Milênio, em primeiro lugar, pela história de vida de cada um. Têm em comum os jovens o fato de terem enfrentado diversas barreiras de ordem sócio-econômica, cada qual com suas especificidades locais, mas de estarem as superando. “O mais legal foi ver quantas pessoas se identificavam com a minha história”, diz Uridéia.

Essas histórias foram registradas através de texto e imagem e transformadas em uma mostra que ficará exposta na sede da ONU de 12 de agosto a 30 de outubro, para lembrar os líderes mundiais do compromisso assumido em 2000. A jovem viajou para o país norte-americano de 9 a 14 de agosto a convite da ONU, acompanhada da Diretora-presidente do Instituto Lina Galvani e do coordenador do Projeto Cozinheiro Cidadão. O dia 12 foi o primeiro dia de atividade pública, quando relatou suas experiências para jornalistas do mundo todo e para jovens norte-americanos, que participavam da comemoração do Dia Mundial da Juventude. “O mais importante desse encontro para mim foi ter criado a consciência dessa vida de preconceito que eu vivo. As pessoas lá me incentivaram muito. Adquiri a visão de que sou capaz de melhorar. Foi ótimo para minha auto-estima”, conta a jovem que diz passar por muitas dificuldades desde criança por viver na favela, não tendo conquistado ainda nem o apoio da família.Uridéia, que diz ter se apaixonado pela cozinha, está radiante com a viagem.

De volta ao Brasil a jovem já recebeu propostas de emprego na área que gosta, mais ainda não está nada definido. Ela tem o sonho de se graduar na profissão e abrir um restaurante na comunidade. “Quero continuar esse projeto trabalhando com jovens e passando adiante o que me foi ensinado”, conta.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br
texto de Carolina Lopez

1 Comentários:

Às 28 de maio de 2007 às 09:47 , Blogger cecília disse...

Como somos todos parecidos. Não importa o país, as histórias sempre são parecidas.

 

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